Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Defumador – Um instrumento de poder e magia


                Defumar é o processo natural onde se colhe ervas secas, resinas, pós e outros materiais que, ao serem queimados irão liberar fluidos e elementos que agem em vários aspectos e situações. A origem do defumador é desconhecida. Sabe-se que a prática de queimar folhas e resinas aromáticas para intenções espirituais, é tão antiga como a história do homem na terra e não estando vinculada somente as culturas das religiões afro descendentes, como costumam associar popularmente. Sabe-se que os egípcios, sumérios, romanos, chineses, indianos em épocas remotas já possuíam técnicas bem avançadas de defumação. Atualmente a defumação é prática usada nas religiões afro-descendentes, mas não são somente estas, até a igreja católica faz uso dessa prática.  

            Os aborígenes australianos queimavam eucalipto para a purificação e afastamento de maus espíritos. Os índios norte americanos usavam diversas formas de defumação, incluindo de folhas secas de sálvia para rituais sagrados e afastamento do mal. Para a Umbanda o defumador é indispensável ferramenta que compõe nossas aplicações mágicas, tanto servindo para atuar energeticamente transformando, condensando e purificando a energia do terreiro, como para evocações.
A importância do Defumador

Quando são queimados os elementos que contém no defumador, substâncias sutis são liberadas e agem no ambiente ou no individuo que está recebendo a fumaça, destruindo miasmas astrais, fechando buracos na aura, limpando, energizando, descarregando, dissolvendo,  agregando energias. Tudo isso, irá depender do tipo de defumador que se fará mediante aos materiais usados.
O defumador age no ambiente, transformando seus padrões energéticos, trazendo ou dispersando energias que se quer. Ele prepara energeticamente os terreiros para a chegada dos guias, tem a função de descarregar um lar e mover energias. Tudo isso, pelas propriedades das ervas acionadas em conjunto com o poder mental de quem defuma e/ou do grupo, o qual irá direcionar o poder liberado pela defumação.

Onde devemos defumar?


Existem alguns instrumentos usados para a distribuição da fumaça, a qual é a mais usada o turíbulo. É um objetivo de metal ou barro parecendo um pequeno fogareiro. Sendo o  mais indicado os de barro, já que os de metal, liberam substancias das paredes de seu interior que podem alterar a ação dos elementos naturais. Já os de barro concentram o calor e a energia do fogo liberadas no seu interior, contraindo para si, a ação magnética que o carvão e o fogo faz puxando as energias do ambiente e das pessoas, dissolvidas pela ação das substâncias queimadas.  

Esse material faz parte do acervo do Terreiro de Umbanda Vovó Catarina e parte da nossa apostila do curso interno aos filhos da casa! 

Visão sobre mediunidade pelo Terreiro de Umbanda Vovó Catarina



Em tempos de Kardec, pela definição de Mediunidade e Médiuns no “Livro dos Médiuns”, de 1861, atribuiu-se todo e qualquer manifestação de caráter extrafísico como mediúnico, e toda aquele que sentia a ação do plano espiritual, era médium, como podemos ver nas transcrições do livro abaixo:

159. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
(Livro dos Médiuns, cap. XIV)

Porém atualmente várias linhas de pensamento alegam que é preciso separar as faculdades mediúnicas. Que há dois tipos de fenômenos que são de naturezas diferentes, porém muito confundidos. E mediante a essa mesma linha, nem todos por conseqüência são efetivamente médiuns.                            Entretanto, a crença difundida ainda por Kardec e reforçada por vários outros autores, até os dias de hoje, principalmente no meio espírita, de que todos são médium e todos os fenômenos de cunho espiritualistas são mediúnicos faz parte do que é difundido de uma forma geral. E embora não tomemos neste curso de que esta ou aquela definição é errada, porém para nós, iremos considerar distinto, vários fenômenos espirituais e seus mecanismos.


Mediunidade e Mediunismo

Ambos os termos servem para designar capacidades que os seres humanos possuem para interagir com o plano espiritual, para alguns autores há algumas interpretações no que tange o Mediunismo. Esta seria a sensibilidade genética que todo ser humano tem a ação e influencia dos espíritos, e os efeitos e relações da movimentação energética tanto o que se recebe vindo externamente, quanto o que se exterioriza voluntária e involuntariamente.  Enquanto que a mediunidade seria a faculdade que apenas algumas pessoas mais sensíveis têm de produzir os fenômenos mediúnicos, comunicando-se e trocando informações com os espíritos desencarnados, de forma evidente e compreensível. Ou seja, o mediunismo refere-se a todas as manifestações e capacidades extrafísicas, enquanto que a mediunidade, refere-se a uma restrita faculdade de alguns em se comunicar de forma efetiva com os espíritos. E é também esse entendimento que nos será apropriado e eficaz aos nossos estudos nesta presente oportunidade.

Todos somos médiuns ?

Como podemos verificar até a presente leitura, comungamos da teoria de que nem todos somos médiuns efetivamente, como outrora outros definiram. Nem todos possuem faculdades mediúnicas em estado latente, esperando momento propício para eclodir. Nem todos poderão servir-se de meio para comunicação que dependam de faculdades desta natureza, as quais, sem elas, nenhum tipo de comunicação será possível. E uma vez não tendo tais faculdades, nenhum tipo de desenvolvimento, exercícios, labor em Searas de intercâmbio mediúnico servirá para despertar algo que efetivamente não possui em si. Todos os tipos de desenvolvimento, não são para criar médiuns, mas tão somente para auxiliar na eclosão e desenvolver faculdades inerentes a determinada pessoa. 

            E muitas vezes por assimilação de conceitos acima descritos que coloca a mediunidade de forma genérica a abarcar todos os fenômenos espirituais, é que muitos efeitos de nossa sensibilidade natural ás energias e espíritos que circulam a nossa volta, são entendida como mediunidade despertando, e ação de espíritos que muitas vezes não é. Mas sim fruto de nossa capacidade natural de sentir o mundo de energias e fluidos a nossa volta. Alguns mais sensíveis que outros, mas todos possuem tais sensibilidades. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Agosto mês de Omulu!


Estamos encerrando agora dia 27/08/16 a corrente anual de Omulu para a cura. Dedicamos esse mês inteiro a esse Orixá que traz a cura pros nossos males da alma e da matéria! 


Atotô Obaluaiyê!!


A Auto Cura




Por quantas vezes, você andou mundo buscando a solução para um mal que o abatia, uma doença que a medicina não conseguia diagnosticar, ou se conseguia, parecia não haver formas de curar. Quantas vezes você quis buscar ajuda em templos, filosofias, médicos que cuidam Por que ficamos doentes? Tudo é uma questão de uma ação espiritual negativa, uma má influência? Quem está contribuindo para o meu estado de doente?

 Não procure respostas fora de si mesmo. Somos responsáveis por todos os estados bons ou ruins que nos encontramos. Ou porque deixamos a porta aberta para que nosso corpo seja um ambiente perfeito para a proliferação de vírus, bactérias e miasmas de todas as ordens. Ou porque as geramos dentro de nós mesmo. Não somos vítimas do mundo, mas permitimos ou produzimos muitas de nossas próprias mazelas.

Todos os estados negativos de emoções e sentimentos que ressonam dentro de nós, é um fator potencializador e alimentador de estados desequilibrados que são as matrizes de todas as nossas doenças; sejam físicas ou da alma. Ou seja, quem adoece primeiro é o espírito e essa doença se manifesta no corpo físico com seus efeitos e consequências. E a medicina convencional vem para tratar esses efeitos, esses sintomas, mas não a causa. E logo que é cessado uma causa, mais cedo ou tarde aparecerá algum outro estado doente em outra parte do corpo, em outro órgão.

E como podemos procurar a auto-cura?  Não precisamos de vacinas ou remédios alopáticos. Esse medicamento não vende nas farmácias ou está a disposição em postos de saúde. Está num local ao alcance de todos, muito perto e muito longe, pois para chegarmos até ele, é preciso VONTADE verdadeira, perseverança, auto-confiança, e determinação da saúde mental e psicológica para curar um estado de alma apática e sem motivação a vida? Com dores generalizadas pelo corpo, dor no centro do peito, um sentimento de medo que não se sabe de onde vem ou pra onde vai ? Quando a Alma está enferma, é o corpo que padece.

Mas a cura está bem perto de nós, ao nosso alcance. Está dentro de nós.

Deus em sua infinita e incomensurável sabedoria, criou seus filhos e os enviou a terra, com todos os recursos e remédios para promover todas as curas que por ventura precisassem operar para si. Não acredita? Basta lançar os olhos para toda a criação divina. Tudo é perfeito e não estamos alheios a essa perfeição. Somos perfeitas criações, pois fomos gerados pela inesgotável fonte de poder, vida e perfeição.      

         E se essa perfeição, beleza e abundância, não refletem de dentro de nós, não tem outra causa, a não ser ,nossas escolhas e estados de permissividade. Afinal, somos dotados de livre arbítrio para escolher e interagir com situações, pessoas e seres. Nós alimentamos a nossa rede de sentimentos, pensamentos, emoções porque elas, são todo o reflexo e extensão de como eu encaro, qualifico e vivencio, minhas experiências nesse mundo. Só você pode sentir e dizer como é o seu próprio mundo. Se o mundo está ruim, é você e somente você, quem está afirmando isso.      

         E o que isso tem a ver com minhas doenças? As doenças começam, quando a alma adoece. O que podemos fazer para curar a alma?

É preciso fazer o que talvez seja a tarefa mais difícil para o ser humano, condicionado a viver de tal forma; mudar. Abandonar condicionamentos negativos antigos que nos aprisionam num mundo só nosso de auto culpa, auto piedade, cobranças descabidas e tolimento. A síndrome de vítima faz com que você coloque a culpa de seus estados emocionais nos outros, menos em si mesmo. Não existem vítimas no mundo, então pare de se colocar como tal e vá à luta. O que não lhe serve ou lhe faz mal; abandone. Aprenda a se libertar, a se desapegar! Mas do que se libertar de outros que você insiste em carregar pra sua vida, liberte-se de suas próprias correntes. Aquelas que você construiu de medo, inseguranças, baixo estima, rancores, mágoas, de você mesma. Aprenda a se perdoar, e só assim você estará pronta a se amar.

E quando você aprender a se amar de verdade, você passará a cuidar de você como se deve. Seu corpo, sua saúde, seu estado emocional e tudo na sua vida passam a mudar, quando você voltar a se amar, a se aceitar como é, entrar em concórdia com o passado, e a se redescobrir como um ser humano perfeito, divino e maravilhoso! Não é mágica. Mas você vai passar a gerar um padrão energético de alta frequência dentro de você e essa energia, irá criar um vórtice energético, como um cone de luz que irá atrair para ele, tudo o que for de igual padrão energético. Você passa a ser um ponto de atração a coisas positivas; como fartura, abundância, beleza, saúde, riqueza, amor, felicidade, alegria. E tudo isso é parte de uma cadeia perfeita de ação e reação, causa e efeito. Semelhante atrai semelhante. Se eu gero energia de alta vibração, atraio também o mesmo padrão energético. Simples, não?

Se você perceber, tudo é uma questão de escolha e atitude. Vibramos em estados negativos porque escolhemos vibrar e atraímos e geramos tudo o que é igual e semelhante a esses estados energéticos desequilibrados. E o contrário também é verdadeiro.
   
         Nossa! Tudo é muito fácil, mas como se consegue isso, senão consigo nem parar de fumar?  
 Usando o poder inesgotável que está também dentro de você. A sua força mental!  

Bom, mas depois falemos sobre isso. Por enquanto, pratique o exercício do auto perdão; o de hoje, do passado, da infância, de anos atrás e de vidas pra trás. Não importa quanta mágoa e rancor e de quanto tempo você carregue isso. Chega! Se perdoe e só assim, você vai aprender a se amar incondicionalmente!


Ana Araújo Mestre Reiki e Terapeuta Natural