Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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sábado, 14 de janeiro de 2012

Ogun Orixá Divino


Ogún; Asé Divino da Humanidade

         Ogún, um asé divino da criação, indispensável na vida de todo ser humano. Mas o que se pode esclarecer sobre seus aspectos divinos ? Primeiramente, quando falamos sobre “aspectos divinos”, estamos nos referindo a um princípio do criador para o planeta e para a humanidade. É Deus manifestado em diversos aspectos e emanações, através de uma força que impulsiona e age sobre determinado fenômeno, criando, transformando e moldando tudo o que existe e sustenta o nosso mundo.

Os Orisás para a Umbanda não são espíritos de grande luz e poder espiritual, mas enamações e extensões divinas e perfeitas do próprio Pai Criador, sobre toda a sua Criação. 

E este magnífico e fundamental Orixá está presente na vida do homem em seu dia a dia. É o aspecto de Deus aguerrido e fiel, que luta por todos os seus filhos. Nos dá proteção e defesa. E irá lutar por nós em causas justas de grandes aflitos, tirando de nós os inimigos, as demandas e as dificuldades do caminho. É o pai que jamais nos desamparará, e estará ao nosso lado nas piores dificuldades com sua espada e facão, lutando por nós, quando nossas forças não são suficientes para superar as dificuldades.

Ogún é a consciência profunda do homem,  de que seu conhecimento por criar novas técnicas e instrumentos para a melhoria da vida e progresso humano, não vem desde mundo, mas é divino atributo de Deus, sabedoria que já nasce com o homem e vai sendo passada de gerações em gerações, atravessando o tempo, e,  sempre se aperfeiçoando nas gerações futuras. Ogun é o poder criador da tecnologia cuja base é divina, atributo perfeito da manifestação de Deus, conferindo a cada ser que nasce, já ser dotado de conhecimento e poder de aprendizado a tudo que lhe for ensinado.

            O Asé de Ògún está também na facilidade das crianças em aprender novas tecnologias como computador, mundo virtual e toda essa avalanche de novidades tecnológicas tão complexas para os mais velhos assimilarem, mas elas já nascem dotadas para aprender com impressionante facilidade.

Pai, patrono de todas as profissões, é o homem na labuta para garantir a carne, o pão de todos os dias, a subsistência. Ogún que nos socorre, indo a nossa frente, abrindo nossos caminhos para novas oportunidades de emprego e condições de sustento.

Seu asé é de grande poder e força. Que não pode ser invocado em vão, ou para pequenos aborrecimentos do dia a dia, vinganças ou desavenças. E quem clamou por ele sem necessidade, terá que prestar contas, pois Ogun, é um asé a serviço da humanidade nas grandes aflições e dificuldades.

Ogún é o aspecto de Deus que faz sermos capazes de sempre aprender coisas novas e usa-las em benefício próprio, em benefício do próximo, de nosso meio e da humanidade. Logo, todas as descobertas que foram grandes armas da humanidade contra doenças, contra a fome e catástrofes naturais, há a manifestação de Ogun.   Ele é a garantia de que cada geração acumulou o conhecimento anterior e possui condições de produzir para o futuro.

            Ogún é Deus; lutando por todos nós, em nossas batalhas, e nos ajuda a descobrir novas formas de superar nossas próprias dificuldades e limitações. A superação do homem sobre todas as adversidades de seu caminho, se chama Ógun.  

Que seu asé se perpetue em nossas vidas, nos garantindo sempre novas descobertas para o progresso humano e individual.

Que com Pai Ogún sempre possamos contar em nossas aflições e faltas de oportunidades de crescimento na vida.

Que ele seja sempre nossa espada, nosso escudo, e nossa lança que vai a frente abrindo todos os caminhos e obstáculos do percurso. Que cada dia, possamos ser mais consciência de sua manifestação e poder em nossas vidas, e tenhamos a sabedoria, ânimo e coragem para buscar e ser merecedores esse atributo divino em nosso existir, chamado Ogún.

 

Patakori Ogún!

 

Texto escrito por Ana Araújo; dirigente do Terreiro de Umbanda Vovó Catarina do Cruzeiro.

 

Colaboração de Ogã Nilton Alfredo de Agangú do Ilê ilé-Ifê Asé Obaluaiyê.  

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