Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Visão sobre mediunidade pelo Terreiro de Umbanda Vovó Catarina



Em tempos de Kardec, pela definição de Mediunidade e Médiuns no “Livro dos Médiuns”, de 1861, atribuiu-se todo e qualquer manifestação de caráter extrafísico como mediúnico, e toda aquele que sentia a ação do plano espiritual, era médium, como podemos ver nas transcrições do livro abaixo:

159. Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
(Livro dos Médiuns, cap. XIV)

Porém atualmente várias linhas de pensamento alegam que é preciso separar as faculdades mediúnicas. Que há dois tipos de fenômenos que são de naturezas diferentes, porém muito confundidos. E mediante a essa mesma linha, nem todos por conseqüência são efetivamente médiuns.                            Entretanto, a crença difundida ainda por Kardec e reforçada por vários outros autores, até os dias de hoje, principalmente no meio espírita, de que todos são médium e todos os fenômenos de cunho espiritualistas são mediúnicos faz parte do que é difundido de uma forma geral. E embora não tomemos neste curso de que esta ou aquela definição é errada, porém para nós, iremos considerar distinto, vários fenômenos espirituais e seus mecanismos.


Mediunidade e Mediunismo

Ambos os termos servem para designar capacidades que os seres humanos possuem para interagir com o plano espiritual, para alguns autores há algumas interpretações no que tange o Mediunismo. Esta seria a sensibilidade genética que todo ser humano tem a ação e influencia dos espíritos, e os efeitos e relações da movimentação energética tanto o que se recebe vindo externamente, quanto o que se exterioriza voluntária e involuntariamente.  Enquanto que a mediunidade seria a faculdade que apenas algumas pessoas mais sensíveis têm de produzir os fenômenos mediúnicos, comunicando-se e trocando informações com os espíritos desencarnados, de forma evidente e compreensível. Ou seja, o mediunismo refere-se a todas as manifestações e capacidades extrafísicas, enquanto que a mediunidade, refere-se a uma restrita faculdade de alguns em se comunicar de forma efetiva com os espíritos. E é também esse entendimento que nos será apropriado e eficaz aos nossos estudos nesta presente oportunidade.

Todos somos médiuns ?

Como podemos verificar até a presente leitura, comungamos da teoria de que nem todos somos médiuns efetivamente, como outrora outros definiram. Nem todos possuem faculdades mediúnicas em estado latente, esperando momento propício para eclodir. Nem todos poderão servir-se de meio para comunicação que dependam de faculdades desta natureza, as quais, sem elas, nenhum tipo de comunicação será possível. E uma vez não tendo tais faculdades, nenhum tipo de desenvolvimento, exercícios, labor em Searas de intercâmbio mediúnico servirá para despertar algo que efetivamente não possui em si. Todos os tipos de desenvolvimento, não são para criar médiuns, mas tão somente para auxiliar na eclosão e desenvolver faculdades inerentes a determinada pessoa. 

            E muitas vezes por assimilação de conceitos acima descritos que coloca a mediunidade de forma genérica a abarcar todos os fenômenos espirituais, é que muitos efeitos de nossa sensibilidade natural ás energias e espíritos que circulam a nossa volta, são entendida como mediunidade despertando, e ação de espíritos que muitas vezes não é. Mas sim fruto de nossa capacidade natural de sentir o mundo de energias e fluidos a nossa volta. Alguns mais sensíveis que outros, mas todos possuem tais sensibilidades. 

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