Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Médiuns de Umbanda e a escolha de seu exercício!
Saber o porquê está e para que está


Um médium de Umbanda precisar ter bem definido em sua cabeça essas duas situações. Saber por que está ali, define bem o seu papel dentro do Terreiro. Saber para que, dá uma diretriz e foco que faz-se necessário para um desenvolvimento sério e centrado na realidade e não na “fantasia juvenil” que muitos tem ao colocar o uniforme de Umbanda; de que é bonito, é legal ter entidades poderosas e fortes que ajudarão as pessoas a resolver todos os seus problemas. Ser alguém requisitado e falado de que tem lindas e fantásticas entidades. Acreditem; muitos ingressam com tais expectativas. 
Sempre defendo e morrerei defendendo que ninguém é OBRIGADO a “cuidar disso ou daquilo”. De entrar para Religião A ou B. Se somos OBRIGADOS, é porque perdemos a opção de escolha, pois quem tem obrigação, não tem escolhas. É obrigado a cumprir tal tarefa, daí, foi-se o livre arbítrio para o mundo das utopias. Mas optar, escolher e abraçar uma religião como norte em nosso caminho como ser humano espiritual, não passa pelo caminho da imposição. Mas infelizmente é a realidade para muitos. Inúmeras pessoas estão em N religiões porque simplesmente foram coagidos, ludibriados, seduzidos por alguém de natureza espiritual não carnal que contou a triste estória de que se não entrasse para abraçar tal fé, sua vida iria pro ralo. De que a causa de todas as suas doenças eram por conta da negação que você mesmo fazia em aceitar tal religião para si. De que a fome, o desemprego que já dura meses, as portas fechadas, é simplesmente uma cobrança para que você entre no caminho que foi escolhido por você mesmo antes de nascer. 
ACREDITEM: a FELICIDADE e ABUNDANCIA não depende de estar na religião A ou B, de cuidar disso ou daquilo, mas de estarmos bem e em paz conosco. Nossa felicidade está dentro de nós e não fora de nós; em religiões, em doutrinas, em crenças ou dogmas religiosos, mas de buscarmos a crença em nós, na fé de que fomos capazes de encontrar dentro de nós, perdidas no meio das incertezas, medos, mágoas e solidão, a felicidade e plenitude. Qualquer que seja a religião nos oferecerá caminhos, meios, remédios paliativos, mas nenhuma delas irá viver ou caminhar por você, ou lhe dará a riqueza, solução de problemas. Elas são um suporte, um auxílio, uma porta para que NÓS mesmos, caminhando com nossas próprias pernas, méritos e deméritos, consigamos entrar nossos tesouros que cada um constrói pra si através de nossas escolhas, pensamentos e olhar pra vida. Elas podem ajudar com que encontremos respostas, nos reconciliemos conosco e encontremos o Deus que habita em cada um de nós. Mas não somos obrigados a seguir e crer nesta ou naquela para isso. Até porque, essa plenitude é o destino inexorável de todos nós. Somos criações divinas feitas para a felicidade, o progresso, o crescimento, a sabedoria, elevação divina e as riquezas. E não para a ignorância, trevas, miséria, infelicidades e desgostos. E todos nós estamos caminhando pra isso. Uns mais rápidos outros mais lentamente. Uns irão sem dar muitas voltas, enquanto outros, ainda persistem e vagar a vagar, passear e passear para, muitas vezes, voltar ao mesmo lugar e ver que nada construiu, além de ilusões, más escolhas e crenças em falsas promessas de riquezas e vida fácil. 
Mas e aqueles que são médiuns? São obrigados a desenvolver? Obrigados não é a palavra. Mas dependendo do nível de abertura mediúnica é aconselhável que esta pessoa busque amparo em conhecimentos mediúnicos para aprender a controlar e equilibrar o que está em desequilíbrio. E isso não está relativo em abraçar religião X ou Y. Mas de passar por tratamentos e processos que equalizará os canais mediúnicos e o orientará a condutas, posturas e pensamentos mais apropriados para um caminhar mais harmonioso entre você, o mundo, as pessoas e sua mediunidade. E ressaltando novamente que MEDIUNIDADE independe de religião, e, portanto, há várias formas de usá-la, manifestá-la e canalizá-la para o bem individual ou coletivo. 
Então voltando novamente em por que estamos? Por escolha sincera, madura e consciente de que é esta a filosofia, crença e religião que tocou sua alma para que ali você estivesse. Por afinidade com o que se comunga ali. Por amor e ligação espiritual. Mas não por curiosidade ou para solucionar os problemas de sua vida por promessas, nem tão pouco porque lhe disseram que era obrigado a estar. 
E para que estar? Para coletivamente buscar o crescimento e elevação da alma entre irmãos que comungam de similares ideais, crenças e filosofia. Para ajudar, somar e contribuir, numa troca salutar e válida para todos os envolvidos ali. Para estar dentro de um seio familiar espiritual e ali ser um meio para se encontrar, descobrir habilidades, descobrir deficiências e tentar melhorá-las. Achar talentos ocultos, olhar pra dentro de si e descobrir afinal, como é maravilhoso e divino, ser quem é e estar numa família que você escolheu em outras e nesta vida para caminharem juntos novamente. Já que não existem coincidências e nem acasos. Todos se unem com seus iguais e semelhantes. É uma lei de atração que não podemos fugir dela. Onde a sua alma se sentir em paz, sentir amada e protegida, ali é o seu lar. 

Por Ana Araújo - Este texto pertence ao acervo do Terreiro de Umbanda Vovó Catarina


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