Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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domingo, 15 de janeiro de 2012

Mediunidade na Umbanda



Iremos abordar o desenvolvimento mediúnico dentro do segmento Umbandista, para que os iniciantes possam ter um entendimento da atmosfera mediúnica e suas peculiaridades com foco não somente no mediunismo em si, mas nos meandros que permeiam o tão popular “desenvolver” na Umbanda; o “colocar a roupa branca”.
Com este material temos o interesse de levar um conhecimento aos médiuns recém chegados em nossa Seara, para que possam compreender melhor o que se passa com ele durante as giras ao sentirem a chegada das entidades. Como ser também, um material que sirva de apoio com aconselhamentos e explicações diretas e objetivas para que a condução de do desenvolvimento mediúnico, seja o mais esclarecido possível, para que a serenidade, confiança e equilíbrio possa se estabelecer.

Começaremos então, falando brevemente das diferentes dos intercâmbios e condução mediúnica nas diferentes Searas espiritualistas mais populares para que possamos ter uma idéia das diferenças de um é outro para que nos situemos melhor em nossa prática religiosa afro-Brasileira.
 Diria que o desenvolvimento na Umbanda e religiões de cunho similar mediúnico; como Jurema, Almas e Angola, Kimbanda, é extremamente diferente de outras doutrinas, como a Espírita e o Candomblé por exemplo. A Espírita é uma doutrina mediúnica, onde há intercâmbio entre planos físico e espiritual, através de capacidades mediúnicas desenvolvidas em indivíduos. Este desenvolvimento é feito dentro dos centros espíritas para aqueles que apresentam afloramento de suas capacidades. Desenvolvimento este, que tem triplo aspecto dissociavelmente; doutrinário – o médium precisa iniciar-se num estudo profundo da Doutrina Espírita contida nas Obras Básicas de Allan Kardec. Moral – o médium precisa começar a desenvolver sua reforma íntima. – Prático – o médium através do trabalho de passes e doutrinação mediúnica, vai canalizando as capacidades em si, até que possa dá-se a ser um meio de comunicação entre dois planos.
Já o Candomblé, apesar de parecer a “olho nu”, uma religião também de cunho mediúnico, e embora haja de fato, manifestações dessa natureza, este não é um segmento religioso mediúnico. Os processos de tal natureza são conseqüências e não o bojo central. Haja vista que trata-se de um culto voltado para o indivíduo, das forças da natureza,  e divindades.
            Ao passo que a Umbanda é uma religião mediúnica por excelência, que tem como foco central, o trabalho assistencialista promovido por espíritos; guias e entidades que se manifestam através de seus médiuns. E neste particular é que a Umbanda se difere do Espiritismo, pois este, está mais para o trabalho mediúnico como meio de doutrinar, esclarecer e prestar socorro aos necessitados do plano espiritual, enquanto o foco dos trabalhos mediúnicos na Umbanda e demais religiões similares, é o atendimento aos encarnados através de entidades.
Embora possam parecer apenas focos diferentes de trabalho, quando entendemos mais sobre as religiões de cunho afro brasileira, entendemos que há por trás de simples intercâmbio mediúnico para amparo dos aflitos, há uma relação profunda, porém não tão explícita, com nossos antepassados, tanto familiares, quanto as raízes étnicas de nossa terra.

Não obstante, é dever também ressaltar que não somente as searas espíritas são quem promovem auxílio a espíritos necessitados, carentes e sofredores, mas a Umbanda também. Claro de forma diferente, porém, este socorro não é desprezado. Muitos de nossos guias levam espíritos doentes para sessões de cura e aprendizado dentro de nossos terreiros, que sequer imaginamos, mas são grandes pronto socorro para muitos desencarnados.
            É fato que muitos terreiros de Umbanda também promovem, quando necessário, incorporação de obsessores nos chamados *médiuns de transporte. Mas poucas casas trabalham através com incorporação do tipo.

            Gostaria de destacar também que muito além de diferenças no foco de trabalho entre ambas as Searas, há particularidades no que envolve a mediunidade de incorporação.
            Já que nos Centros Espíritas, as incorporações em sua maioria, tem o objetivo de ajudar os espíritos perturbados, essa conexão é de natureza diferente, quando nos Terreiros de Umbanda, incorpora-se os guias espirituais. Não diria que tecnicamente, pois mediunidade independe de religiões, mas como incorpora-se espíritos de baixa vibração no espiritismo, está se dá através de uma maior conexão mental entre espírito  e médium, entanto na Umbanda há tanto a ligação mental, como um controle maior por parte do espírito nos centros nervosos e motores do médium.
            Por que essa diferença?  
            A natureza espiritual dos comunicantes nas Sendas Espíritas, precisa de um controle maior mental por parte do médium, haja vista que estar-se conectando com espíritos desequilibrados e de toda ordem. O médium tem o papel de mediador, de transmitir de forma ordenada e comedida as comunicações. O medianeiro é o responsável pela comunicação, e de impedir qualquer manifestação agressiva, inapropriada, palavras de baixo calão, ou até mesmo, ímpetos de ataques físico. E por conta disso, não há o controle do espírito no físico do médium. Este, é o transmissor da mensagem e palavras que chegam no seu campo mental. Além disso, o médium capta toda a atmosfera áurica do espírito, sentindo todas as sensações, dores, angústias, sentimentos de raiva, desespero, agonia, rancor, pela conexão entre ambos que se estabelece. Vale lembrar que muitas vezes, emoções e sensações que possam nos invadir repentinamente, podem na verdade, não ser nosso. Mas pela sensibilidade aflorada - princípio de uma abertura mediúnica muitas vezes- que nos ligam com espíritos desequilibrados e acabamos por sentir suas sensações e captar pensamentos que não vem de dentro de nós, mas externamente. 
            Já na Umbanda, o panorama é completamente diferente. Nos comunicamos mediunicamente com mentores e guias, que promovem verdadeiro tratamento energético espiritual em seus médiuns. Na verdade, mesmo quando somos apenas assistentes, tomamos o passe, ou simplesmente estamos congregando com a corrente de uma Casa, já estamos invisivelmente sendo tratados. Porém, quando entramos para uma corrente como médium e adepto, os guias em conjunto com a parte física da casa, passam a ministrar também um tratamento para nossa mediunidade e centro energético, muitas vezes em total desequilíbrio. Através dos banhos, dos passes, e das irradiações produzidas pelas entidades, vamos abrindo nossos centros de força de forma adequada, para que nos tenhamos um fluxo de movimentação energética satisfatória, pois bloqueios e abertura muito grande em nossos chacras e aura, podendo trazer sérios malefícios e não damos conta disso, pois passam como mero desconforto seja emocional ou físico.
                  Mas vamos entrar efetivamente no assunto Mediunidade.
           
O que é Mediunidade – é a capacidade natural que nos permite sentir e interagir com o plano espiritual. Quem fez nosso curso: Animismo e Mediunidade, deve lembrar que abordamos o assunto sob outro prisma; na de que apenas fenômenos que possa efetivamente estabelecer uma comunicação entre um espírito e o plano físico, que tenha a obrigatoriedade de uma intervenção de alguém espírito para que possa estabelecer a comunicação, pode ser considerada mediunidade. E que as capacidades naturais advinda do próprio espírito do médium, como a clarividência, desdobramento, sonhos premonitórios, etc. são fenômenos anímicos – da própria alma do médium e que não requer de nenhum tipo de intervenção de algum espírito.
            Porém, iremos neste material, para facilitar o entendimento geral, adotar a interpretação dada por Allan Kardec, onde todas as capacidades e fenômenos extra-físicos e extra-sensoriais são considerados mediúnicos.   

Mediunidade na Umbanda

É inegável que a capacidade mediúnica privilegiada na Umbanda é a incorporação (psicofonia), pois por ser uma Religião conduzida pelo plano espiritual de forma efetiva e direta, em conjunto com os dirigentes encarnados dos terreiros, é preciso que os guias tenham acesso direto para se manifestar e falar através de seus “aparelhos”. Podemos dizer que cada casa é um núcleo, uma célula de um grande organismo que é a Umbanda, dirigida ostensivamente por seus mentores astrais e dirigentes carnais. E para que essa parceria “administrativa” ocorra, o dirigente é sempre um médium de incorporação, para que possa ser o elo de ligação dos dirigentes espirituais para os filhos de terreiro encarnados.   Daí a grande importância da mediunidade de incorporação. São os guias que trazem os ensinamentos para organização e estruturação de cada casa, e como a casa deverá ser conduzida. São os guias que trazem os ensinamentos para o nosso aprimoramento humano e espiritual, assim como nossos irmãos mais velhos, nossos pais e mães de terreiros, que também tiveram como mestres, nossos guias espirituais. A relação entre adeptos e guias é intensa e constante. É com eles que aprendemos a crescer dentro de nossa religião, que aprendemos a crescer como pessoas e como família. São os guias que trazem os fundamentos que cada casa irá seguir, e repassar aos seus filhos.   

Incorporação

Diferente dos centros Espíritas, as incorporações na Umbanda envolve mais o domínio por parte da entidade nos centros nervosos e motor do médium. Há também a atuação mental, mas as sensações corporais que se sentem são mais acentuada, como apontamos mais acima. A entidade assume parcial controle do corpo do médium, atua nos centros da fala, e estabelece a conexão mental. Este domínio é relativo de médium pra médium e até de entidade para entidades, podendo ser variante. Cada entidade pode atuar mais acentuadamente em determinado chacra ou parte do corpo.
Assim como nas incorporações em centros espíritas, o médium na Umbanda, também pode repassar o que vem a sua mente, pois as mensagem vinda da entidade passa primeiro pelo seu campo mental, e este, muitas vezes “ouve” internamente o que a entidade dirá, antes de ser pronunciadas as palavras. Porém, vale lembrar que, quando se estabelece perfeita sintonia entre médium e entidade, esse processo é tão automático, que parece que é a própria entidade que assume a fala, e o médium é mero ouvinte. Parecendo que não se passou pelo mental do médium.

Irradiação X Incorporação

     
É extremamente necessário colocarmos que as entidades começam primeiro com o processo chamado de irradiação. Ela emana, irradia energia e trabalha nos centros energéticos e aura no médium. Nesse trabalho, muitas vezes acha-se que a entidade quer vir e incorporar. Mas não é bem assim. Para isso, ela primeiro precisa trabalhar os corpos sutis do médium e ir aos poucos estabelecendo favorável conexão. Na irradiação, o médium não perde o controle dos movimentos do corpo. Pode ter certa dificuldade de movimentar algum membro, caso ele tenda a contrair o corpo pela sensibilidade das vibrações que sente.

Interferência psíquica


Este é um problema, que é também pejorativamente chamada de animismo, é fato constante em iniciantes, e até mesmo, médiuns mais experientes que não passaram por boa educação mediúnica.
            Como as incorporações , principalmente no inicio, passa pelo mental do médium de forma mais lenta e perceptível, o médium fica em dúvida se o pensamento é dele, ou da entidade. E isso pode gerar conflitos, porque há duas consciências ali interagindo; médium e entidade. Além disso, o médium novato questiona todo o tempo sobre o que ocorre a sua volta, o que dificulta um relaxamento necessário para a entidade assumir o controle para uma plena incorporação.
            Como vocês podem ver até aqui, incorporar e ser um veículo realmente eficaz e fiel ao que a entidade quer transmitir não é tarefa fácil. Principalmente nos iniciantes, que estão cercados de dúvidas, medos, questionamentos, insegurança e a ansiedade, que é um dos piores inimigos do neófito. A pressa de quer saber quem são seus guias, de querer trabalhar incorporando, dar consultas, atender pessoas, ter as coisas de seus guias, é o pior dos engodos que podemos passar. Pois essa pressa, pode se misturar a períodos de irradiação promovida da entidade e daí para uma pseu-incorporação é um salto muito grande.
            Não tenha pressa jamais. Não apresse o falar das entidades. Muitas vezes as incorporações começam de forma lenta, e a entidade vai dominado aos poucos o médium, mas não consegue ter um domínio tal, que lhe permita falar através do médium. E nossa ansiedade, junta a corrente de pensamentos que passam em nossa mente, de suposições e achismos, acaba-se por ser a voz das entidades, muitas vezes. Além disso, nem sempre a entidade tem algo a dizer ao cambono. Muitas vezes, ela somente veio trabalhar as energias do médium e ajudar junto a outros guias, pela atmosfera energética da casa. Mas o silêncio da entidade, pode incomodar os ansiosos e apressados iniciantes.
            Agora, quando estabelecida uma incorporação plena, a entidade tem o dever de falar quando lhe for solicitado. Afinal o objetivo da incorporação é a comunicação oral. Se não for para se comunicar verbalmente não é preciso incorpora, não concorda? Se for apenas para trabalhar as energias do médium e do terreiro ou dos assistidos, basta a entidade atuar irradiando através do médium, e não precisa incorporar. Mas uma vez que se estabelece a incorporação, é porque a entidade pode falar se for lhe perguntado algo ou solicitado. Não existe entidade que não possa falar, seja sob quais condições teve em vida pretérita. Pois ela irá usar o arquivo mental do médium para se comunicar. Mesmo que ela tenha sido um espírito que encarnado, não teve acesso a língua local, ela irá usar o conhecimento mental do médium para estabelecer uma comunicação. Ela poderá falar de forma peculiar, mas é capaz de falar a língua do médium. Além disso, o próprio médium, pode ser o medianeiro a transmitir o que lhe chegam em pensamento, oriundo do que a entidade quer falar.  

Educação Mediúnica


É algo que o tempo dá? Sim e não, se a pessoa tiver um suporte para obter essa educação. Não é o tempo então que fornece, mas direcionamento disciplinado de um orientador. Porque trabalhar dentro de uma seara promovendo atendimentos a pessoas com seus mais variados problemas e dificuldades, não é tarefa fácil e não envolve somente ampliar e equilibrar a capacidade mediúnica em si. Envolve uma série de fatores; como preparo psicológico (fundamental), ético, ter uma base de conhecimentos pertinentes a curas naturais, saber promover a auto cura: lidar com processos energéticos em si e nos ambientes, entre outros fatores. O tempo de “colocar a roupa e a entidade vem e faz tudo”, já passou. O médium precisa também de instruir, buscar conhecimento pertinente a energias, planos espirituais, ervas, fluidificações, e assuntos pertinentes a interação entre os dois planos, mediunidade, etc. 
O contrário, se a pessoa não buscar se integrar de fato em suas capacidades, buscar entendimentos dos diversos processos de cura, de socorro espiritual que suas entidades fazem. Ela será sempre um médium passivo, que não irá aprender nada ou muito pouco. E o objetivo não é “emprestar o corpo”, mas através dos processos mediúnicos, ir crescendo, aprendendo junto com as entidades e conforme for aprendendo, ir ajudando também, não só suas entidades, mas a casa e os trabalhos que ela executa.

Saber por que está e para que está

Um médium de Umbanda precisar ter bem definido em sua cabeça essas duas situações. Saber por que está ali, define bem o seu papel dentro do Terreiro. Saber para que dá uma diretriz e foco que faz-se necessário para um desenvolvimento sério e centrado na realidade e não na “fantasia juvenil” que muitos tem ao colocar o uniforme de Umbanda; de que é bonito, é legal ter entidades poderosas e fortes que ajudarão as pessoas a resolver todos os seus problemas. Ser alguém requisitado e falado de que tem lindas e fantásticas entidades. Acreditem; muitos ingressam com tais expectativas.
Sempre defendo e morrerei defendendo que ninguém é OBRIGADO a “cuidar disso ou daquilo”. De entrar para Religião A ou B. Se somos OBRIGADOS, é porque perdemos a opção de escolha, pois quem tem obrigação, não tem escolhas. É obrigado a cumprir tal tarefa, daí, foi-se o livre arbítrio para o mundo das utopias. Mas optar, escolher e abraçar uma religião como norte em nosso caminho como ser humano espiritual, não passa pelo caminho da imposição. Mas infelizmente é a realidade para muitos. Inúmeras pessoas estão em N religiões porque simplesmente foram coagidos, ludibriados, seduzidos por alguém de natureza espiritual não carnal que contou a triste estória de que se não entrasse para abraçar tal fé, sua vida iria pro ralo. De que a causa de todas as suas doenças eram por conta da negação que você mesmo fazia em aceitar tal religião para si. De que a fome, o desemprego que já dura meses, as portas fechadas, é simplesmente uma cobrança para que você entre no caminho que foi escolhido por você mesmo antes de nascer.
ACREDITEM: a FELICIDADE e ABUNDANCIA não depende de estar na religião A ou B, de cuidar disso ou daquilo, mas de estarmos bem e em paz conosco. Nossa felicidade está dentro de nós e não fora de nós; em religiões, em doutrinas, em crenças ou dogmas religiosos, mas de buscarmos a crença em nós, na fé de que fomos capazes de encontrar dentro de nós, perdidas no meio das incertezas, medos, mágoas e solidão, a felicidade e plenitude. Qualquer que seja a religião nos oferecerá caminhos, meios, remédios paliativos, mas nenhuma delas irá viver ou caminhar por você, ou lhe dará a riqueza, solução de problemas. Elas são um suporte, um auxílio, uma porta para que NÓS mesmos, caminhando com nossas próprias pernas, méritos e deméritos, consigamos entrar nossos tesouros que cada um constrói pra si através de nossas escolhas, pensamentos e olhar pra vida. Elas podem ajudar com que encontremos respostas, nos reconciliemos conosco e encontremos o Deus que habita em cada um de nós. Mas não somos obrigados a seguir e crer nesta ou naquela para isso. Até porque, essa plenitude é o destino inexorável de todos nós. Somos criações divinas feitas para a felicidade, o progresso, o crescimento, a  sabedoria, elevação divina e as riquezas. E não para a ignorância, trevas, miséria, infelicidades e desgostos. E todos nós estamos caminhando pra isso. Uns mais rápidos outros mais lentamente. Uns irão sem dar muitas voltas, enquanto outros, ainda persistem e vagar a vagar, passear e passear para, muitas vezes, voltar ao mesmo lugar e ver que nada construiu, além de ilusões, más escolhas e crenças em falsas promessas de riquezas e vida fácil.
Mas e aqueles que são médiuns? São obrigados a desenvolver? Obrigados não é a palavra. Mas dependendo do nível de abertura mediúnica é aconselhável que esta pessoa busque amparo em conhecimentos mediúnicos para aprender a controlar e equilibrar o que está em desequilíbrio. E isso não está relativo em abraçar religião X ou Y. Mas de passar por tratamentos e processos que equalizará os canais mediúnicos e o orientará a condutas, posturas e pensamentos mais apropriados para um caminhar mais harmonioso entre você, o mundo, as pessoas e sua mediunidade. E ressaltando novamente que MEDIUNIDADE independe de religião, e, portanto, há várias formas de usá-la, manifestá-la e canalizá-la para o bem individual ou coletivo.   
Então voltando novamente em por que estamos? Por escolha sincera, madura e consciente de que é esta a filosofia, crença e religião que tocou sua alma para que ali você estivesse. Por afinidade com o que se comunga ali. Por amor e ligação espiritual. Mas não por curiosidade ou para solucionar os problemas de sua vida por promessas, nem tão pouco porque lhe disseram que era obrigado a estar.
E para que estar? Para coletivamente buscar o crescimento e elevação da alma entre irmãos que comungam de similares ideais, crenças e filosofia. Para ajudar, somar e contribuir, numa troca salutar e válida para todos os envolvidos ali. Para estar dentro de um seio familiar espiritual e ali ser um meio para se encontrar, descobrir habilidades, descobrir deficiências e tentar melhorá-las. Achar talentos ocultos, olhar pra dentro de si e descobrir afinal, como é maravilhoso e divino, ser quem é e estar numa família que você escolheu em outras e nesta vida para caminharem juntos novamente. Já que não existem coincidências e nem acasos. Todos se unem com seus iguais e semelhantes. É uma lei de atração que não podemos fugir dela. Onde a sua alma se sentir em paz, sentir amada e protegida, ali é o seu lar.    

Este texto pertence ao acervo do Terreiro de Umbanda Vovó Catarina

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